segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Marginais e Malditos

O grupo ultra-romântico brasileiro, o poeta simbolista francês Mallarmé e alguns grupos de rock da atualidade são chamados de “malditos” em virtude de sua condição “marginal”, isto é, à margem dos valores vigentes na sociedade.
Além do gótico, que foi e ainda é uma forma alternativa e radical de viver o mundo burguês, a juventude encontrou outras formas “marginais” de expressão. Nas décadas de 1950, 60 e 70, por exemplo, os jovens de classe média de vários países se revoltaram contra a repressão familiar, os tabus sexuais e a sociedade de consumo. O cinema documentou esses movimentos com filmes como juventude transviada(anos 50), Woodstock(anos 60) e Laranja mecânica(anos 70).


Cena do filme "juventude trasviada."

domingo, 27 de setembro de 2009

A Morte do Rei de Barro

Encontrei aqui uma animação muito legal, feita pelo alunos do Núcleo de Animação das Faculdades Integradas Barros Melo. Ganha enfase a sonoplastia, os movimentos da camera a principalmente a trilha sonora. O curta traz um pouco da nossa cultura popular nordestina, neste caso a história de uma luta entre dois bandos rivais de cancaceiros, o que me lembrou de imadiato o filme 'Abril despedaçado', que também retrata um pouco da cultura nordestina, a briga de família por disputa de terras.


Viva Hélio Oiticica

Hélio Oiticica nasceu em 1937 no Rio de Janeiro (RJ), e morreu em 1980. Estudou pintura com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna, em 1945. Participou do Grupo Frente (1955-1957) e do grupo Neo-Concreto (1959-1961). Em 1959, realizou as primeiras estruturas espaciais e em seguida as primeiras experiências ambientais. Desde então recusou todo o conceito convencional da arte e da obra de arte.
A partir de 1963 criou os “Bólides” (caixas-construções com diferentes materiais); de 63 até o final da década de 60, no Rio, realizou uma série de eventos ambientais e de participação coletiva (Parangolé, 1965; Sala de Sinuca, 1966; Tropicália, 1967; Apocalipopótese, 1968).
De 1970 em diante, realizou, em Nova York, projetos utilizando as mais variadas linguagens (textos, performances, filmes etc). De volta ao Brasil em 1978, realizou as manifestações ambientais “Nas Quebradas e Rijanviera”, e o evento coletivo “Kleemania”.
Oiticica foi um artista de vanguarda, radical na busca da experiência-limite, desenvolveu uma linguagem muito pessoal em sua obra de caráter tanto construtivo quanto desconstrutor.
Sua inventividade não se dava apenas no campo das artes plásticas. E de Hélio, por exemplo, a criação do termo “tropicália”, título de uma obra sua, exposta em 1967. Essa palavra foi adotada tempos depois por Caetano Veloso na canção-manifesto do movimento musical com mesmo nome.
Hélio também participou da literatura concreta dos anos 50. Foi na casa do pai de Hélio que Ferreira Gullar fez o “Poema Enterrado”— uma caixa d’água enterrada no quintal. Dentro dela encontrava-se vários cubos coloridos e embaixo de tudo a palavra “rejuvenesça”. Segundo Gullar, esse foi “o único poema com endereço da literatura brasileira”.
Para o crítico e escritor Bernardo Carvalho, “uma das principais questões da arte de Hélio Oiticica (...) é justamente a confusão entre vida e obra, colocando a arte fora da definição corrente de arte, onde ela é menos esperada, fora da legitimização oficial, para que possa voltar a ser arte de verdade. Daí as comparações entre o artista e o poeta, ator e dramaturgo francês Antonin Artaud. Desde seus ‘penetráveis’ (ambientes concebidos para que o espectador vivesse uma experiência ao penetrá-los), nos anos 60, até os ‘parangolés’ (arte para ser vestida e não mais simplesmente observada), tudo em Hélio Oiticica girava dentro da perspectiva de transformar a vida em arte, cada milímetro de vida, o que explica a metamorfose da experiência cotidiana do artista em obra, através das instruções e anotações obsessivas que deixou.”

A fim de conhecer mais sobre os trabalhos deste grande artista, que muito contribuiu para a arte no Brasil e no mundo, assistam a este video:

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Se vira, o problema não é nosso"

É impressionante o fato que aconteceu recentemente-terça feira, dia 22/09-na minha escola. A cada época a relação aluno-escola se configura de uma forma específica. Nessa terça feira aconteceu o seguinte fato: trocaram uma sala de lugar pois os alunos da mesma não agüentavam mais o barulho que vinha da quadra e atingia diretamente dentro da sala, atrapalhando assim qualquer tipo de aprendizagem e etc... no entanto, a sala na qual foram transferidos é uma sala muito afastada, e pouco arejada, resultado: os alunos não gostaram e voltaram a reclamar com a direção. Segundo o que se consta, a supervisora chegou na sala bem estressada –porque estamos em semana de provas, e mesmo assim alguns professores tem faltado por motivos de saúde, deixando assim, coordenadores em geral sobrecarregados- e a mesma começou a dizer que a escola esta superlotada, tem mais alunos que deveria ter, são poucas as salas e as mesmas não podem agradar a todos, porque a escola é antiga e, essas coisas que dizem os diretores. No entanto, um aluno pediu licença para falar, e começou a explicar pra coordenadora que esse tipo de problema não diz respeito a eles –alunos- mas sim a direção, e finalizou dizendo “se vira, o problema não é nosso...”. Foi o necessário para que tirasse do sério a coordenadora, que com todo o estresse acumulado –como se isso fosse problema nosso/dos alunos- começou a gritar na sala, querendo de toda forma colocar a culpa nos alunos, e enfim... Começou a remoer todo tipo de problemas tanto profissional quanto pessoal; encaminhando em seguida o aluno para a diretoria. O resultado disso tudo se deu a uma suspensão de três dias para o aluno e, comunicação com a família que teve de comparecer na escola para uma reunião especifica de “pais e mestres”. O que me impressiona nisso tudo é que a escola vem querendo formar conceitos como consciência critica e social sendo que a mesma não tem dado o exemplo necessário. .Essa pratica pedagógica da escola tem sido “construída” ao longo do tempo: educandos e educadores têm sido os principais agentes dessa construção. Muitas regras e normas são elaboradas com a intenção de refletir a necessidade do grupo, ou seja, estar a serviço desse mesmo grupo. O respeito dos coordenadores escolares aos seus alunos, mesmo perante problemas com os mesmos, deveria ser colocado em prática e será também avaliados minuciosamente, para que o mesmo possa proporcionar benefícios significativos à comunidade escolar. Só queremos um pouco mais de igualdade na escola, e uma voz mais ativa para assim expormos nossas idéias e princípios. Temos o direto ao livre arbítrio e devemos sim fazer o uso do mesmo. Cobram-se muito de nós, mas quando reivindicamos uma cobrança pacifica a eles a resultado é sempre o mesmo, uma demora lastimável e uma falta de respeito na qual precisa ser contextualizada para tirar-lhe o caráter do fenômeno natural que, por ser esperado, já que é natural, não é problematizado nem questionado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Jill Greenberg e suas 'crianças choronas'

Jill Greenberg é uma fotógrafa que ficou bastante conhecida após tirar uma série de fotos de crianças chorando, chamada “End Times”. Com cores bem vivas e uma iluminação bem trabalhada, as fotos chamam bastante a atenção. Segundo ela, as crianças representam o sentimento da maneira mais real possível. São “honestos” com os sentimentos. É uma maneira dela mostrar o que acredita: que o caos está levando tudo ao fim. Pensando publicitariamente: Uma foto dessas venderia muita coisa, não?





Nenhuma criança foi machucada na produção. Todos choraram por motivos simples e fáceis de serem encontrados pelas próprias mães, presentes no momento dos clicks. Greenbarg possui um trabalho muito bom e tem um toque sempre muito especial com a iluminação. Outros trabalhos dela: aqui.

A arte surreal de Salvador Dalí


"Um dia terá que ser admitido oficialmente que o que batizamos de realidade é uma ilusão até maior do que o mundo dos sonhos."
Salvador Dali


Hoje tivemos uma introdução a artes no cursinho. E claro, quando se falou do tema Surrealismo vieram de cara as pinturas do artista surrealista Salvador Dalí. Sempre me surpreendo cada vez mais todas as vezes que vejo-revejo-uma óbra de arte do mesmo. Um sentimento de emoção e euforia me prende de tal formo que não me submeto a tentar escapar.
Vou colocar aqui uma breve biografia do artista para quem ainda desconhece o mesmo.
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Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha.

Vida do artista, fases e estilo
Desde a infância, Dalí demonstrou interesse pelas artes plásticas. No ano de 1921, entrou para a Escola de Belas Artes de São Fernando, localizada na cidade de Madri. Porém, em 1926, foi expulso desta instituição, pois afirmava que ninguém era suficientemente competente para o avaliar.Nesta fase da vida, conviveu com vários cineastas, artistas e escritores famosos, tais como: Luis Bruñel, Rafael Alberti e Frederico Garcia Lorca.Em 1929, viajou para Paris e conheceu Pablo Picasso, artista que muito influenciou a produção artística de Dalí. No ano seguinte, começou a fazer parte do movimento artístico conhecido como surrealismo.A década de 1930 foi um período de grande produção artística de Dali. Nesta fase, o artista representava imagens do cotidiano de uma forma inesperada e surpreendente. As cores vivas, a luminosidade e o brilho também marcaram o estilo artístico de Dali. Os trabalhos psicológicos de Freud influenciaram muito o artista neste período É desta fase uma de suas obras mais conhecidas “A persistência da Memória”, que mostra um relógio derretendo.




Em 1934, Dali casou-se com uma imigrante russa chamada Elena Ivanovna Diakonova, conhecida como Gala.Em 1939, foi expulso do movimento surrealista por motivos políticos. Grande parte dos artistas surrealistas eram marxistas e justificaram a expulsão de Dalí, alegando que o artista era muito comercial.Em 1942, Dali e sua esposa foram morar nos Estados Unidos, país em que permaneceu até 1948. Voltou para a Catalunha em 1949, onde viveu até o final de sua vida. Em 1960, Dali colocou em prática um grande projeto: o Teatro-Museo Gala Salvador Dali, em sua terra natal, que reuniu grande parte de suas obras.Em 1982, com a morte de sua esposa Gala, Dali entrou numa fase de grande tristeza e depressão. Parou de produzir e se recusava a fazer as refeições diárias. Ficou desidratado e teve que ser alimentado por sonda. Em 1984, tentou o suicídio ao colocar fogo em seu quarto. Passou a receber o cuidado e atenção de seus amigos.Dali morreu na cidade de Figueres, em 23 de janeiro de 1989, de pneumonia e parada cardíaca.



Bancarrota Blues






Eis aqui uma das minhas músicas preferidas, de dois grandes cantores e compositores que colaboraram e se destacaram como ninguém no ramo da MPB. Bancarrota Blues, uma música não muito conhecida, mas que descreve bem as invasões francesas no Rio de Janeiro por volta de 1710. A sutileza na qual edu e chico se dexam levar na canção é fascinate. Infelizmente não encontrei nenhum video na voz dos mesmos, mas este que se segue fica como base para quem quiser conhecer essa maravilha de música que é Bancarrota Blues.




sábado, 19 de setembro de 2009

Cobra com 'braço'

Afirmo que fiquei intrigado quando meu professor comentou sobre este caso. Uma habitante da cidade chinesa de Suining levou o susto de sua vida ao encontrar uma cobra na parede de seu quarto. Detalhe: a cobra era dotada de uma perna.

Duan Qiongxiu, 66 anos, entregou o animal para cientistas, que se surpreenderam com o fato do animal ter aparentemente desenvolvido uma pata completa, com quatro dedos.

A tal(bizarra)cobra, esta seno estudada pelo departamento de ciências biológicas da Universidade de Nanchong.

Charles Darwin que se cuide, ou sua teoria estará prestes a ser mudada a partir desta nova descoberta.

A caninha da crise


Agora é pra valer. Está lançada a Caninha Marolinha. Ela é como a crise brasileira que, segundo o Lula, é mais fraquinha do que qualquer outra no mundo. Mas não vá atrás do nosso gênio da garrafa: beba Marolinha com moderação. Ou você vai cair no cheque especial, no crédito consignado, na mão do agiota...

L de Lula

Lula, como nunca antes...
Ouvi a respeito deste dicionário quando minha professora do cursinho comentou a seu respeito. Este é um dicionário organizado por Ali Kamel(jornalista e sociólogo brasileiro diretor responsável (chefe) pela CGJ, Central Globo de Jornalismo e colunista do jornal O Globo) reúne os principais temas e obsessões do presidente e revela um comunicador eficiente, que recorre à própria história para ser melhor entendido
Houve um tempo em que um improviso de Lula era esperado por alguns jornalistas muito mais como oportunidade de tirar uma casquinha do que como momento de buscar informações relevantes para o leitor. O preconceito era patente: sem curso superior, tropeçando em construções gramaticais, com sinceridade que beirava a temeridade, o presidente era visto como promessa de deslize, como alguém que fora do script não era capaz de manter a liturgia do cargo. O feitiço, no entanto, desandou: Lula foi conquistando ouvintes qualificados (inclusive estadistas e rainhas), cativando por sua retórica límpida e construindo no dia a dia, pela palavra viva, seu ideário político. Tornou-se um comunicador único, fato reconhecido pelos aliados e adversários mais ferrenhos.

Entender esse processo foi a tarefa que o jornalista Ali Kamel se deu. E escolheu o caminho mais difícil: analisar todos discursos e manifestações espontâneas de Lula, da posse a 31 de março de 2009. São falas públicas, entrevistas e programas de rádio (Café com o presidente) que somam 1.554 textos (847 discursos, 503 entrevistas e 204 programas radiofônicos) que fazem uma inversão no método habitual de análise política: em vez de reunir textos sobre Lula, o jornalista deu consistência e organização às falas do próprio presidente.

Ressuscite a bateria do seu carro


Eu já sabia sobre o poder que a Aspirina tem para combter riscos de câncer de cólon e provavelmente de outras neoplasias, incluindo próstata e mama. Agora, que ela ressuscita a bateria de um automóvel, me deixou boquiaberta. hauhauhaua!

Bólido voador

Transition, o primeiro carro com asas do mundo, já está à venda e começa a circular pelas ruas (e ares) em 2011
Híbrido: para pilotá-lo é necessário ter carta de motorista e brevê de piloto. E um aeroporto no quintal de casa...

O trânsito da cidade faz você querer lançar seu carro pelos ares? Faz? Então, está se aproximando o dia em que você não vai mais passar vontade. Em 2011 chegará ao mercado o primeiro carro voador do mundo, o Transition. A empresa americana Terrafugia, que desenvolveu a máquina, aceita encomendas. Para se juntar às 64 pessoas que já compraram o híbrido é necessário um investimento de US$ 194 mil, algo em torno de R$ 400 mil.

O Transition foi projetado para caber em uma garagem comum. Usa gasolina, alcança no solo 110 km/h e comporta dois passageiros. Acionando alguns botões e uma alavanca, as duas asas laterais se abrem. Uma hélice na traseira é ativada para acelerar o veículo até a velocidade de decolagem, 129 km/h. Em modo aéreo, o carro é capaz de atingir 185 km/h e percorrer 740 quilômetros sem ser reabastecido. Uma viagem de São Paulo a Florianópolis (705 quilômetros) seria feita em quase 4 horas. Em um veículo comum, o trajeto duraria 9 horas; um jatinho para 8 passageiros percorre o mesmo trecho em 1 hora.

Para dirigir o automóvel voador no Brasil é preciso ter carteira de motorista e de piloto. Só não vale tentar sair voando do meio da rua. Você terá problemas com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que pode aplicar multas de R$ 2 mil a R$ 10 mil por decolagem em local não autorizado. A má notícia é que os motoristas do primeiro carro voador comercial ainda terão de dirigir até os aeroportos antes de se lançar aos ares.

Vamos juntando nossas economias té lá, ok?

Robô Professor

Um robô foi testado como professor em uma escola primária de Tóquio. Chamado de Saya, o andróide é caracterizado como uma mulher, pode falar várias línguas e definir tarefas para as pessoas. Ele também é capaz de representar diferentes expressões faciais, graças a 18 motores escondidos por trás da sua face de látex.

O professor de ciências Hiroshi Kobayashi, da Universidade de Tóquio, demorou 15 anos para desenvolver o humanóide. Saya foi originalmente desenvolvida para substituir trabalhadores, como secretárias. Isso ajudaria as empresas a cortarem custos.

O governo japonês estima que até 2015 todas as casas do país terão um robô. Para isso, serão investidos aproximadamente 35 milhões de dólares. O esforço se dá por conta do envelhecimento da população. Dentro de sete anos, um em cada quatro japoneses terá mais de 65 anos. A mão-de-obra no país diminuirá, o que vai aumentar os custos para as companhias e dificultará qualquer tipo de recrutamento.

Papel higiênico para várias situações

O que você faz quando falta papel higiênico? Chama alguém? Grita? Improvisa? Quem nunca entrou num banheiro sem papel que atire o primeiro rolo!
Afinal, só nos damos conta de que o papel acabou depois do alívio, não é verdade?
E agora eu percebo, que até no banheiro é um bom lugar pra se fazer "arte" hahaha! Os rolos de papel higiênico tem recebido cores, traços e desenhos por queles que fazem arte nos mais diversos meios. Segue-se agora uma seleção de rolos de papel higiênico bem divertidos para fonte de inspiração. Tem papel geek, apaixonado e até para dobrar origami:



Escolha o seu e corra para o banheiro (y).

Futuro do Pretérito

A história da primeira visita à Lua rende livro de fotos inéditas...


Sete anos antes de Neil Armstrong dar uns pequenos passos para o homem e aqueles grandes saltos para a humanidade, o sujeito aí acima comia poeira numa cratera do deserto do Mojave, na Califórnia.

O inventor Allyn Hazard testava, em 1962, os protótipos dos trajes que seriam usados na primeira viagem à Lua.

A foto é uma das cenas impressas em papel especial e que ilustram o livro MoonFire: The Epic Journey of Apollo 11 (Fogo na Lua: a épica jornada do Apollo 11, sem tradução para o português). A edição acaba de ser lançada pela Taschen. Celebra o 40o aniversário do desembarque dos astronautas americanos no satélite, em 20 de julho de 1969.

Não bastasse a tiragem limitada de 1.957 exemplares e as centenas de fotos - muitas inéditas -, quem batucou as linhas da história foi o jornalista americano Norman Mailer (1923-2007), duas vezes vencedor do Pulitzer. O problema é pagar o preço estratosférico da obra: mil dólares.

Reportagem/Revista Galileu-Edmundo Clairefont-Agosto2009

The Dreamers e as declarações de amor

Paris mergulhou nas fumaças de gás lacrimogênio num processo que foi quase de surpresa. O isolado caso de protesto dos estudantes da Universidade de Nanterre, contra a proibição das visitas masculinas aos dormitórios femininos culminou, num curto mês, em combates urbanos entre população e policiais. Em maio de 1968, as prisões coletivas e as reivindicações sociais já haviam se tornado rotina junto com as bombas de gás lacrimogênio e as barricadas. Enquanto isso, atrás das janelas e das cortinas de uma casa, três jovens estão adormecidos em uma banheira, sob efeito de uma droga nepalense.
Bertolucci nos coloca com ele como voyeurs, e é como entramos no banho dos personagens de The Dreamers. Os cinéfilos Theo (Louis Garrel), Isabelle e Matthew, embora partilhem de muitas idéias daqueles que estão nas ruas, estão envolvidos demais em suas tensões próprias: o dois primeiros, irmãos gêmeos, vivem uma relação de proximidade afetiva que beira, ou extrapola, o sadismo erótico e Matthew (Michael Pitt) é apenas um estudante americano convidado pelos dois a ser hóspede da casa enquanto seus pais viajam para o litoral. Mas o estudante apaixona-se por Isabelle, por uma Eva Green que se tornaria então mítica. O filme de 2003 tem suas possibilidades de interpretação multiplicadas pela profusão de idéias chaves deixadas ao longo do seu caminho e que, sabemos, dizem respeito a muitas portas.
Em um desses momentos-chave, Matthew proclama amar Isabelle, ao que ela responde amá-lo também. Nada demais nesse interstício, mas o americano retruca com pesar: mas eu amo você de verdade. A moça nega veementemente a afirmação de Matthew. É a porta de entrada de uma curiosa reflexão:

Para Matthew, não é cabível que, em resposta à declaração de amor, haja uma que pretenda equivaler-se, principalmente porque a equivalência que há no “amar também” simplesmente não existe. Na verdade, quantas coisas mais práticas e e polidas há que dizer “eu te amo também”? Não que tudo seja cinismos, mas a frase costuma ter lá sua dose dele num movimento natural diante da pressão atmosférica que se forma na entrega dum amor – o que achamos tão grave. É justamente essa relação de pressão e peso que Bertolucci parece querer enfatizar.

Não há réguas capazes de medir abstrações sentimentais como a tristeza, a frustração ou a alegria; são todas coisas pessoais, egoístas e relativas. No Francês, a resposta para a declaração “je taime” não passa pela urgência de igualar seu sentimento ao outro num certo frenesi de que se dissipem logo as preocupações. À um “je taime", segue-se um “moi non plus”, ou seja “eu não mais”/“eu não te amo mais do que você a mim”. É um nivelamento bem diferente. Um que admite os fatos de se ter poder sobre alguém entregue.

Os franceses parecem ter compreendido, ao menos melhor que a América, que toda declaração de amor é uma entrega de mão única; nada faz possível que seja recíproca. O ser declarante diz dos seus sentimentos, teoricamente verdadeiros, e nada pode pedir em troca. Por sua vez, o que ouve a declaração nada pode fazer a respeito para defender-se da fraqueza do outro num argumento bastante parecido com o de um Cristo aniquilado em prol da salvação de seus queridos. Deve ser por isso que tentamos aplacar a questão com o rápido adendo-refrigério do “também”: nada pior que o poder dos humilhados.

Como a dádiva aparece na antropologia - onde todo “presente” entregue exige uma reposição de igual valor – a declaração de amor torna-se um presente impossível de ser reposto. Recebê-la aprisiona aquele que, indefeso, recebe. É assim que Bertolucci, pela voz de Matthew expõe o seu ponto de que a resposta de Isabelle, como tantas nossas, é uma máscara leviana que nega a dádiva exposta pelo outro. O amor correspondido é sempre outro, novo e inédito a nós. Amar é condição ímpar.

Fotografias que abalaram o mundo: Vulture

Em 1994, o prémio Pulitzer de Fotojornalismo foi ganho com esta fotografia chocante de uma criança sudanesa, que viria a atrair as atenções do Mundo para o drama humanitário que se vivia, e ainda vive, no Sudão e um pouco por todo o Continente Africano. Campo de ensaio do mundo dito civilizado que tenta há séculos arrogantemente impôr modelos de organização social, política e económica baseados nos seus conceitos civilizacionais, a África permanece um continente tribal, sem que contudo os "civilizadores" alguma vez tenham descurado a sua recompensa para o "magnânimo gesto", quase renascentista, de "espalhar a fé e a democracia pelos cafres": o saque.

O fotógrafo sul-africano Kevin Carter foi o autor desta fotografia obtida em 1933 em Ayod, um pequeno distrito do estado de Junqali, Sudão, que percorreu o Mundo inteiro: a figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, vergando-se sobre a terra, esgotada pela fome, prestes a morrer, arrastando-se para um campo alimentar da ONU que distava um quilómetro dali, enquanto em segundo plano a figura negra e expectante de um abutre aguarda a morte da garota.

Carter disse que esperou cerca de vinte minutos para que o abutre se fosse embora e, como tal não sucedia, rapidamente tirou a foto, espantou o abutre açoitando-o, e abandonou o local o mais rápido possível.

Muitas vozes se levantaram na época contra a atitude de Carter, comparando-o de certa forma ao abutre e questionando-o porque não tinha ajudado a criança. Embora na altura os fotógrafos tivessem um código de conduta rígido que implicava, neste tipo de cenários, nunca se abeirarem das pessoas famintas pela possibilidade de transmissão de doenças, Kevin confessou estar arrependido por não ter ajudado a menina.

Carter era um dos integrantes do chamado Bang-Bang Club, um grupo de quatro amigos, fotojornalistas, que se dedicaram a expôr aos olhos do mundo o brutal regime do apartheid sul-africano. Em meados dos anos 80 Carter foi o primeiro a fotografar uma execução pública por necklacing na África do Sul, e ao longo da sua carreira vivenciou incontáveis episódios de violência em teatros de guerra e de desastre humanitário.



Dois meses depois de ter recebido por esta imagem o Pulitzer Prize for Feature Photography de 1994, amargurado e castigado pela culpa, psiquicamente instável, dependente de estupefacientes e destroçado pela morte de um dos seus amigos íntimos e elemento do Bang-Bang Club, Ken Oosterbroek , Kevin Carter suicidou-se. Tinha 33 anos e deixou esta nota de despedida:

"I am depressed ... without phone ... money for rent ... money for child support ... money for debts ... money!!! ... I am haunted by the vivid memories of killings & corpses & anger & pain ... of starving or wounded children, of trigger-happy madmen, often police, of killer executioners...I have gone to join Ken if I am that lucky."

Quero matar Hitler

Na longa biografia escrita por Joachim C. Fest, a história de Adolf Hitler pode ser detalhada, mas mesmo assim, as coisas não ficam claras o suficiente para entender o fenômeno de devoção que ele era capaz de despertar em uma nação toda – e, mais além, em outras que endossaram todo o seu discurso. Uma das figuras mais marcantes do século XX e também da curta história da Humanidade, Adolf Hitler vem ganhando, cada vez mais, análises um pouco mais esclarecedoras, menos passionais. E, por mais horripilante que seja a História, ela tem de ser dissecada em detalhes.

No gancho do filme Operação Valkyria, começam a surgir livros tentando desvendar o por quê da baixa resistência a Adolf Hitler, os motivos do povo alemão em fechar com seu führer sem questionamentos. "Quero matar Hitler", do historiador britânico Roger Moorhouse, lançado no Brasil pela Ediouro, tenta fazer um guia completo das tentativas de assassinatos do líder nazista por seus inimigos. E o que deveria ser algo novo se perde no desejo do autor em ser iconoclasta.

Hitler acreditava piamente que era protegido pela providência, algo como um super-homem nascido para cumprir uma missão: limpar o mundo e criar a superpotência ariana. Nas histórias apresentadas no livro, de fato, apenas a Operação Valkyria, liderada por membros do Exército alemão, na época em que todos eles já sabiam que a guerra estava perdida, é apresentada como uma real tentativa de eliminação de Hitler. As demais histórias servem de uma suculenta entrada de argumentações – como detalhar o plano que o exército Aliado desenvolvia para tirar o tirano do poder.

O problema maior do livro nem é em sua temática, algo que desperta o interesse de quem é gosta do assunto. O problema é que Moorhouse se confunde relato histórico com relato literário ficcional. É nítido o interesse do historiador em se esforçar para criar um “thriller” cinematográfico, que acaba por desabar com a credibilidade do livro. Algo completamente desnecessário. Tivesse se mantido nos trilhos da História, teria entregue um livro necessário para se debater motivações. Ficou na água com açúcar e serve apenas como uma boa sessão da tarde histórica.

Artigo da autoria de Danilo Corci

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A evolução do rosto de Michael Jackson

Até há bem pouco tempo Michael Jackson era considerado um excêntrico, um demente, um decrépito e até um pedófilo. Agora que morreu devolveram-lhe o título de "rei da Pop Music". Considerações à parte, o certo é que o cantor americano sempre andou nas bocas do mundo e, aparentemente, gostava disso. Cultivava a excentricidade e alimentava obsessões. Uma das mais incompreensíveis e evidentes foi a transformação que impôs ao seu rosto ano após ano.
Este processo acabou por lhe trazer problemas sérios de saúde e resultou não num "embelezamento" (o que quer que isso signifique) mas numa deformação grosseira e caricata do seu rosto. É possível acompanhar a evolução dos seus traços faciais comparando as fotografias ano após ano. Essa evolução serviu de inspiração ao artista - desconhecemos quem - que reuniu num único painel as várias fases por que passou o rosto de Jackson. Para o fazer escolheu a forma de espiral, evocando ironicamente a caminhada do rei da Pop em direcção ao abismo que haveria de ser o seu fim...

Imagem de Hitler é usada em campanha contra Aids na Alemanha


Estava dando uma olhada na revista ÉPOCA que a minha professora havia levado para sala de aula, quando me deparei com essa foto de Adolf Hitler em uma campanha publicitária alemã das comitee. Segue-se também um vídeo que está sendo transmitido na Alemanha, onde mostra um casal fazendo sexo em um quarto quase todo escuro.No último plano, se revelam os traços de Adolf Hitler, que olha fixo para a câmera, antes de surgir a frase da campanha: "A Aids é um assassino em massa. Proteja-se". A idéia é dizer que a Aids é como um assassino em massa – Stálin e Saddam são outros “astros” da campanha.

Várias organizações que trabalham na prevenção da Aids criticaram o trabalho, alegando que ele estigmatiza os doentes.

ONGs britânicas reclamaram que o anúncio "estigmatiza" os portadores do vírus.

Não sei se o uso de personagens históricos conseguirá atingir os objetivos esperados.
A conotação política acaba transparecendo, e logo vai ter gente "defendendo" a "AIDS", é claro que com Hitler a coisa tem boas chances de funcionar bem, afinal ele é virtualmente uma unanimidade "nefasta" mas já os outros, começam a complicar, alguns iriam querer demonizar Maomé, outros o Papa, outros ainda, gostariam de incluir Bush ou Runsfeld, aí outros se ofenderiam, e assim se acaba perdendo o foco preciso do tema, que seria a doença, para disputas religiosas ou ideológicas ...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Banksy











Pouco se sabe sobre este artista que assina como Banksy. Suas obras são feitas a grafite em muros, chão e edifícios que se encontram espalhados em várias cidades. O que é certo é que a criatividade e o traço de Banksy são inconfundíveis, assim como os locais improváveis que escolhe e a sua maneira de desafiar tudo e todos.
A poética e a ironia destes desenhos é grande. Percebe-se que não são meros graffitis feitos ao acaso mas sim desenhos com um significado.
No último janeiro, uma parede grafitada por ele fora vendida a 400 mil dólares e, meses depois, duas peças menores seriam avaliadas em 50 mil libras cada uma e postas em leilão junto com fotografias do Elthon John e Faye Danaway; desde o ano passado, pedaços de rua grafitados têm sido arrancados e vendidos no e-Bay a 20 mil libras. Tanto furor tem a ver com a crescente atenção e importância que as intervenções urbanas vêm ganharam nos grandes e médios centros urbanos de todo mundo depois de saírem da esfera da pichação pura – uma concorrência entre grupos e indivíduos pichadores cujo objetivo é, essencialmente, elevarem seus nome e assinaturas através do vandalismo mais arriscado. As intervenções urbanas são agora parte da chamada arte contemporânea pelo refinamento dos objetivos, referências das gravuras e complexidade das mesmas; são instalações artísticas à céu aberto que hoje dialogam com o aspecto do pixe (nada de tintas nobres, técnicas acadêmicas ou amenidades) e com as grandes galerias de arte.
Banksy é um dos cabeças-de-chave desse movimento que têm levado as ruas para dentro dos museus e a arte para transeuntes. Suas gravuras possuem um claro conteúdo político, rebelde, que se derrama em sarcasmos tão violentos quanto sutis: o soldado sendo revistado pela menininha, o guerrilheiro que joga um buquê de flores ao invés de uma bomba, a empregada varrendo a sujeira para dentro da parede, os dois assassinos de Pulp Fiction portando bananas ao invés de armas, ou portando armas, mas vestidos de bananas. São protestos que podem ser compreendidos e sentidos do mesmo modo por londrinos e colombianos, Banksy mexe com a cultura de massa, com os produtos e a miséria nossa de cada dia e depois embala tudo com tinta preta e referências à artistas contemporâneos como a fotógrafa norte-americana Diane Arbus ou o pop-artist Andy Warhol.
Banksy, um "vândalo" muito dotado.
Para quem quiser conhcer um pouco mais deste artist, bastante acessar: http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=banksy&lr=&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi